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Paulo Sampaio

"Crime do Sacopã", o assassinato que paralisou o Rio nos anos 50

Paulo Sampaio

08/10/2017 08h00

1952 – A mãe do economista Gustavo Almeida Magalhães Lemos estava grávida dele havia dois meses, quando um trágico acontecimento na família quase a fez perder o bebê. O tio de Gustavo, o bancário Afrânio Arsênio Lemos, irmão mais velho de seu pai, Aluizio, foi assasinado com três tiros de revólver calibre 32, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio. Afrânio era amante da namorada de um aviador da aeronáutica chamado Alberto Jorge Franco Bandeira, acusado de ser o autor dos disparos. O intrincado desdobramento das investigações do "Crime do Sacopã", como o episódio ficou conhecido, o transformou em um dos casos mais emblemáticos da crônica policial carioca.

"O crime abalou de tal maneira minha família, que nunca mais se falou abertamente do assunto em casa. Eu só fui saber que meu tio havia sido assassinado, e não morrido do coração, como me diziam, quando tinha por volta de 11 anos", conta Gustavo, 64 anos, que conversou com o blog em um café de Copacabana, zona sul do Rio.  Ele não sabe precisar se foi o assassinato do tio que o levou a se tornar um pesquisador compulsivo, a ponto de ser hoje uma figura de destaque no Colégio Brasileiro de Genealogia, estudo que investiga a origem de uma família desde os antepassados mais remotos. Lemos foi até bem antes do Crime do Sacopã. Sua pesquisa remonta a Idade Média.

Afrânio Arsênio (de preto) com um amigo, pouco antes de ser assassinado (Foto: Arquivo Pessoal)

Os fatos, os envolvidos, as especulações

Na noite de 6 de abril de 1952, Afrânio Arsênio Lemos foi encontrado morto em seu Citroen preto na ladeira do Sacopã, uma subida localizada entre a Lagoa Rodrigo de Freitas e o bairro do Humaitá.  Afastada a hipótese de latrocínio, a investigação partiu da fotografia de uma moça que estava no bolso do paletó da vítima, com uma dedicatória: "Esse sorriso te pertence. Marina".  Logo se descobriu que o bancário era notoriamente mulherengo, informação muito valiosa na apuração do caso.

Apesar de variar muito de namorada, a ponto de não se saber quem era a oficial, Lemos reservou para a amante Marina Andrade Costa, então com 18 anos, um posto de destaque. Nunca deixou de assediá-la. A imprensa chegou a publicar a informação, logo desmentida, de que ela seria mulher dele. O bancário havia sido casado, mas com uma moça chamada Ismênia Tuneis. O foco da investigação então passou a ser Ismênia. Mas a união deles não durou dois anos, segundo ela por "incompatibilidade de gênios". A polícia perseverava atrás de pistas promissoras, mas sempre voltava à estaca zero.

Até que surgiu a primeira testemunha por assim dizer consistente. A empregada doméstica Gilda Pacine se apresentou na delegacia para contar que na hora do crime estava na orla da lagoa com o namorado, um sargento da PM.  Disse que viu quando dois homens discutiram dentro de um carro preto, próximo ao Clube Caiçaras, até que ambos saíram e passaram a trocar socos e pontapés. Então, um deles atirou três vezes contra o peito do outro. Gilda identificou o rosto da vítima com o das fotos de Afrânio nos jornais. Se pelo menos houvesse a imagem de algum suspeito, quem sabe ela pudesse reconhecê-lo. De qualquer maneira, seu depoimento foi considerado um tanto fantasioso.

Quadris Fartos

A opinião pública cobrava da polícia uma resolução rápida para o crime, enquanto a imprensa colocava lenha na fogueira. Pressionado, o delegado encarregado do caso, Hermes Machado, usava de evasivas. Na falta de um suspeito convincente, insistiu no cerco a Marina Andrade Costa, cuja imagem preenchia os requisitos clássicos de pivô da tragédia. Morena de sorriso largo, quadris fartos e jeito brejeiro, Marina se tornou uma instant celebrity – alguns profetizavam até uma carreira no cinema. Em um desabafo público, ela disse que estava exausta da perseguição dos repórteres e que não tinha mais energia para enfrentar os olhares acusadores na rua. Investigadores e imprensa deram a ela uma trégua. Mas por pouco tempo.

(A primeira coisa que Gustavo Lemos percebeu quando passou a investigar seriamente o assassinato do tio foi que havia duas versões bem distintas. A que consta do processo, e a que a imprensa divulgava: "São dois crimes diferentes. Os jornais davam manchete de primeira página a histórias que sequer constavam dos autos. Tratavam meu tio, que tinha sido pracinha na Segunda Guerra Mundial e era funcionário graduado do Banco do Brasil, como um gigolô aproveitador de mulheres. Ele era mulherengo, sim, mas vai uma grande distância. Você pode imaginar como minha avó, mãe dele, se sentia diante daquele linchamento moral. E ela não precisava nem ler os jornais; as coisas chegavam por vizinhos, conhecidos, familiares remotos.") 

Marina Alves de Lima queixou-se do irrefreável assédio da imprensa (Foto: Folhapress)

Telefonema suspeito

A polícia sabia que Afrânio Arsênio morava no Engenho Novo, região central do Rio, trabalhava na agência do Banco do Brasil de Botafogo, gostava de esportes e tinha paixão por corridas de automóvel. No dia do crime, de acordo com uma das três irmãs de Afrânio, Lidia, ele chegara em casa por volta das 14 horas, vindo de uma temporada de férias em Bauru; às 20h30, o telefone tocou, ela atendeu. Do outro lado da linha, falava uma voz masculina, de uma pessoa que se identificou como Alberto Bandeira.

Segundo Lidia, Afrânio disse ao interlocutor que estava cansado da viagem e não pretendia sair de casa. No meio da conversa, porém, concordou em encontrar-se com o tal Bandeira às 22h30, em frente ao Iate Clube do Rio, na Urca, zona sul. Nunca mais retornou.  Por uma razão que Gustavo não sabe dizer, seu tio e o assassino rodaram até a Lagoa e pararam perto do Caiçaras. Já do lado de fora do carro, o homem atirou à queima roupa em Afrânio.  Depois de matá-lo, levou o corpo no Citroen preto até o alto da ladeira do Sacopã e o abandonou lá. O laudo da autópsia revelou que,  além de atirar em Afrânio, Bandeira desfigurou seu rosto com 14 coronhadas.

O Citroen preto, no local onde foi abandonado (Arquivo pessoal)

A hipótese de crime passional existia, já que Afrânio era mulherengo, mas faltavam informações sobre o assassino. Logo se descobriu que o tenente Bandeira, na época com 21 anos, era namorado de Marina. Ele servia no Ceará e estava no Rio para participar das Olimpíadas das Forças Armadas. Alto, fechadão, pinta de galã mexicano, ele era o personagem que a opinião pública precisava para chamar de suspeito. Tanto mais porque todos queriam acreditar na história de um crime praticado por um homem enciumado, tendo uma mulher bonita como pivô.

Caçadores de holofotes

Para esclarecer o que de fato aconteceu, era preciso saber a arma que o tenente usava e confrontar as balas com as que foram extraídas do corpo da vítima. Nesse ponto, porém, graças à exposição que o caso ganhara na mídia, começou a aparecer gente disposta a ficar famosa. Um deles foi um advogado chamado Leopoldo Heitor de Andrade Mendes, que procurou a polícia para dizer que um cliente seu era testemunha ocular da história. Ele afirmou que ainda não poderia revelar a identidade do cliente. Entretanto, ia diariamente ao distrito, dava entrevistas, brigou com o delegado e, quando os jornalistas estavam na iminência de descobrir o nome do envolvido, ele soltou a bomba.

A testemunha era Walthon Avancini (nada a ver com o falecido diretor de novelas), que teria seguido com Afrânio e Bandeira no banco detrás do Citroen. Avancini se dizia amigo da vítima e o teria encontrado na ponte-aérea de SP para o Rio, depois da temporada de Lemos em Bauru. (De acordo com Gustavo, "há uma pilha de depoimentos de amigos de Afrânio no processo, e nenhum deles diz conhecer Walthon Avancini"). No avião, segundo Avancini, o bancário se abrira a respeito de um romance secreto que mantinha desde a época em que ainda era casado.O nome da moça era Marina e, naquele momento, namorava um militar da aeronáutica conhecido como tenente Bandeira (tudo o que já estava nos jornais).  Lemos teria confessado sentir medo de ser morto, já que Bandeira estava ciente da paixão dele por Marina.

Carona providencial

O mais sensacional, no entanto, ainda estava por vir. Em um depoimento bombástico, o estudante de arquitetura Gilberto Nogueira Bastos contou à polícia que, no dia do crime, viu duas mulheres aflitas tentando pegar um táxi na Urca. Sensibilizado, ele ofereceu carona a ninguém menos que Marina e a mãe dela. Elas estavam indo para o Iate Clube. Durante o trajeto, ele soube que as duas teriam saído de casa para tentar evitar uma tragédia.  O estudante não chegou a deixá-las no clube, pois, como não encontraram ninguém no local, elas pediram a ele que as levasse a um endereço no Leblon.  No dia seguinte, ele soube do crime pelo rádio e ligou os fatos.

O depoimento do estudante levou a polícia a intimar Marina. Acuada, ela confirmou tudo o que o estudante havia dito. Explicou ao delegado que nunca contou essa história porque havia sido ameaçada de morte por Bandeira. Logo em seguida, contudo, ela afirmou à imprensa que tinha prestado depoimento sob coação. Que sequer conhecia o estudante. E que, se perguntada, negaria tudo em juízo.  Nem deu tempo de o delegado Machado festejar o avanço nas investigações. A Justiça pediu a prisão preventiva do tenente Bandeira, que desembarcou na delegacia cercado de fotógrafos e repórteres.

(Segundo Gustavo, Marina reafirmou ao assistente de acusação contratado por sua família, Milton Salles, a versão que dera na delegacia. "Ela disse textualmente ao Milton que o Bandeira avisara que mataria meu tio.")

Ditando moda

Marina e o tenente agora eram tratados como superastros. Especulavam-se os restaurantes que frequentavam, as butiques em que compravam suas roupas e o gênero de filmes que gostavam de assistir. Pouco tempo depois, houve a pronúncia de Bandeira, presidida pelo juiz Caiubi Costa. Diante de uma platéia de estudantes de direito e curiosos, o promotor Emerson Lima e o advogado de defesa Romeiro Neto dramatizaram verborragicamente suas teses – o primeiro afirmava não ter dúvida de tratar-se de um crime passional praticado por um homem frio e cruel.  O outro alegava que não havia consistência nas provas contra seu cliente. Novas testemunhas apareceram.

A primeira, Alberto Tunay, afirmou que passava pelo local do crime quando ouviu disparos e se aproximou do Citroen preto para saber o que tinha acontecido. Então, viu um homem parecido com Bandeira segurando um revólver. A segunda testemunha era uma moça chamada Maria Raimunda Ribeiro. Contou que sua amiga Marina Andrade Costa esteve em sua casa dias depois do ocorrido e ligou para o namorado, que estava no Ceará, para pedir a ele que se desfizesse de sua arma porque soubera que um comissário da polícia do Rio havia sido enviado a Fortaleza para fazer investigações.

Durante os depoimentos, Bandeira "não movia um músculo da face". De acordo com os jornais da época, "o tenente era impávido colosso". "Seu semblante era absolutamente neutro, mais chegado ao taciturno." Ao depor, ele se apegou obstinadamente ao que disse no início. Que conhecia Afrânio apenas por um episódio, quando o bancário tirara um fino dele e de Marina com sua moto Harley Davidson. Afirmou que na hora do crime estava na casa de sua avó.

Tenente Bandeira, no julgamento de 1954

Pescoço torcido

A terceira depoente foi Elda Peres, amiga da mãe do tenente. Elda contou que Marina havia pedido a ela que guardasse a arma de Bandeira, porque se a deixasse na casa onde ele morava com a mãe, "a polícia descobriria em dois minutos". A testemunha ainda disse que, ao saber do pedido de Marina, o tenente teria tido um ataque de fúria e afirmara que ela merecia ter o pescoço torcido como o de um frango, até morrer. Para completar, a filha de Elda, Leila Peres, afirmou que ele tinha um "ciúme doentio" da namorada.

No dia de seu depoimento, Marina entrou no plenário vestida "como uma estrela de cinema". Muito firme, impressionou a platéia pela tranquilidade com que abordou os pontos mais delicados do processo. Como já se esperava, negou tudo o que tinha dito ao delegado Hermes Machado. Disse que, sob coação, assinaria qualquer documento.

Walthon Avancini depôs no dia seguinte. Chegou com o advogado Leopoldo Heitor, contando que os dois haviam sofrido uma emboscada em Copacabana e que seu carro ficara crivado de balas. Em meio a muito histrionismo, Avancini soltou: "Eu estava no Citroen na hora do crime. Foi o tenente quem matou Afrânio." Em sua versão, ele marcara um encontro com Lemos em Copacabana às 23 horas e o bancário chegara acompanhado de Bandeira. Os três tomaram o rumo do Iate Clube, "ninguém falando com ninguém".  De lá, seguiram para a Lagoa. Na proximidade do Caiçaras, depois de uma discussão, os dois saíram do carro. Seguiu-se uma breve luta, até que Bandeira disparou três tiros no peito do bancário. Apavorado, Avancini saiu correndo, pegou um táxi e desapareceu. No tribunal, disse que não contara nada à polícia porque, como tinha antecedentes criminais, não queria ser envolvido no caso.

(Leopoldo Heitor tornou-se definitivamente célebre sete anos depois, quando se envolveu no ainda mais rumoroso caso da socialite tcheca Dana de Teffé. Contratado para cuidar dos interesses financeiros dela, ele foi acusado de matá-la durante uma viagem de carro do Rio para São Paulo, pela via Dutra, quando Dana desapareceu. Embora só estivessem os dois no carro, nunca se provou que ele houvesse posto fim a vida dela).

Papai é de morte

Em uma nova reviravolta, o Crime do Sacopã adquiriu nuances políticas. Foi quando a imprensa passou a divulgar que um senador chamado Alencastro Guimarães estaria por trás do assassinato de Afrânio Arsênio de Lemos. De acordo com as especulações, a filha do senador, uma socialite viúva conhecida por Mimi, teria tido um caso com Lemos. Inconformado, Guimarães contratara dois homens para matá-lo.  Para que não suspeitassem dele, usou sua influência política no sentido de incriminar o tenente Bandeira.

A novela se arrastou até o final de 1952 e, apesar de ter sido apresentado à Justiça como assassino, o tenente agora era considerado inocente por boa parte da opinião pública. Seu charme encantava as mulheres, e suas negativas pareciam convencer os homens. Mesmo assim, dois anos depois, em um julgamento que levou 29 horas e foi transmitido pelo rádio, Bandeira acabou sendo condenado a 15 anos de prisão.

Anistiado por JK

E então, surgiu um novo personagem tentando se aproveitar da história. Um deputado sensacionalista chamado Tenório Cavalcanti, eleito na Baixada Fluminense, tomou as dores de Bandeira e passou a questionar a legitimidade do julgamento. A essa altura, o assassino já havia cumprido cinco dos sete anos em que ficara na cadeia. Tenório, que foi interpretado no cinema por José Wilker, aproveitou suas desavenças com os jornais "O Globo" e "Última Hora" para acusá-los de levar um inocente para a cadeia.

Em 1959, o presidente Juscelino Kubistchek sancionou uma lei que contemplava detentos como Bandeira. Solto, ele agora queria sua reintegração na Aeronáutica. Em 1972, quando o crime completava 20 anos e seria prescrito, ele contratou um advogado que revirou o processo e conseguiu anulá-lo graças a uma filigrana jurídica (uma jurada declarou ser casada, quando era desquitada).  Bandeira então pediu a reabertura do processo, aparentemente para provar inocência — embora depois tenha ficado claro que queria apenas sua patente de volta. Tanto que não compareceu ao julgamento, marcado próximo da data da prescrição. (Gustavo conta que seu pai havia reunido provas robustas, e suficientes, para mandar Bandeira de volta para a cadeia. Mas o réu foi mais esperto, e não compareceu ao júri. A reabertura do processo só serviu para fazer o caso voltar à primeira página dos jornais, o que levou a imprensa a montar campana de novo na porta da casa da família Lemos. "Dezenas de repórteres passavam dia e noite na calçada da rua onde morávamos. Eu me lembro que um dia não consegui entrar na garagem, tive de estacionar na rua e, quando desci do carro, eles avançaram em cima de mim com perguntas. Respondi que não tinha ideia de nada, e no dia seguinte publicaram que o sobrinho de Afrânio afirmou que Bandeira era culpado. Meu pai nos proibiu de falar com jornalistas.") 

Casa de Aluizio Arsênio (com toldo na varanda do segundo andar), onde os repórteres faziam campana

Em 1974, Bandeira conseguiu ser reintegrado à aeronáutica como capitão. Depois que obteve a liberdade, casou-se e teve uma filha. Em 2002, candidatou-se a deputado federal pelo Prona, pegando carona ainda no discurso da injustiça cometida com ele. Recebeu pouco mais de 500 votos, insuficientes para elegê-lo. Gustavo lembra que, na ocasião, Bandeira foi a um programa de entrevistas na TV Educativa e afirmou uma série de inverdades que deixaram seu pai enfurecido. Aluizio, que estava com mais de 70 anos, mandou uma carta para o programa, pedindo direito de resposta. Nunca conseguiu.  "Meu pai tomou horror à imprensa. Até morrer ele não podia nem ouvir falar em jornalista", conta.  Aluizio foi atropelado em 2007, a cerca de 200 metros da casa onde morava, na Barra da Tijuca. Bandeira morreu em 2006, repetindo o discurso da injustiça.  Todos os irmãos de Arsênio morreram; Gustavo diz que ninguém na família, além dele, se interessou pelo 'Crime do Sacopã'. Seus oito primos jamais quiseram saber (dois estão mortos, um deles vítima do desastre com o famigerado voo 447 da Air France). A filha dele, que é atriz e escreve para o programa 'Zorra Total', da TV Globo, menos ainda. Apesar do interesse pela história do crime, e da convicção de que foi Bandeira, Gustavo Lemos afirma que para ele não faz diferença se as pessoas acreditam ou não nisso agora. 

Sobre o autor

Nascido no Rio de Janeiro em 1963, Paulo Sampaio mudou-se para São Paulo aos 23 anos, trabalhou nos jornais Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo, nas revistas Elle, Veja, J.P e Poder. Durante os 15 anos em que trabalhou na Folha, tornou-se especialista em cobertura social, com a publicação de matérias de comportamento e entrevistas com artistas, políticos, celebridades, atletas e madames.