Paquita Miuxa lança biografia: 'Escrever livro é muito difícil', desabafa
Catia Paganote, 43 anos, também conhecida como paquita Miuxa, garante que "agora tá tudo certo" para o lançamento de sua biografia, anunciada por ela própria em fevereiro, para sair em março: "Escrever livro é muito difícil", desabafa. Apesar do esforço para concluir a obra, que agora deve sair em novembro, ela afirma que "Minha Vida é Um Show" ficou "dinâmico, rápido de ler".
Segundo Catia, valeu a pena "fazer uma nova leitura, consertar algumas coisas". "Conto a história da minha vida desde que minha família se mudou para Brasília, eu tinha 3 anos de idade, passando pela minha entrada no mundo artístico, ainda bem pequena, como modelo, e vou até "A Fazenda" (10a. edição do reality show da Record)", diz ela, que nasceu no Rio. Sua família transferiu-se para a capital federal no fim dos anos 1970, atrás de novas oportunidades.
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Por enquanto, Catia preferiu mandar só a capa do livro (Foto: Reprodução/UOL)
Vereadora e deputada
Até hoje, Catia refere-se ao seu ingresso no Xou da Xuxa como um ritual monástico: "Em 27 de abril de 1989 eu me tornei paquita", conta ela. Ficou até 1995, quando tinha 19 anos. Dali em diante, ela sobreviveu basicamente do que sobrou de Miuxa. A tentativa de se lançar como "loura do pagode" e, depois, vereadora e deputada estadual (pelo Partido Verde, MDB e PTB), não vingou. "Culpa da minha carreira."
O fato de se vestir com o figurino de mais de 20 anos atrás e de repetir o repertório da época (Balão Mágico, Trem da Alegria, Lua de Cristal etc) em casamentos, batizados, bailes de debutantes, aniversários de crianças em praças de alimentação e festas particulares para adultos não a deixam nostálgica, garante, mas a enchem de orgulho.
"É o que eu gostava, o que tinha prazer de fazer e o que eu tenho até hoje: subir num palco e me apresentar vestida de paquita pros baixinhos que foram meu público naquela época. Quando eles pedem para cantar as músicas, e batem palmas, acontece uma troca de energia que me deixa arrepiada!"
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Paquita Miuxa na época do Xou da Xuxa, e hoje (Foto: Arquivo Pessoal/UOL)
Pegando celebridades
Nas entrevistas que deu em fevereiro, quando falou pela primeira vez que estava lançando a biografia, Catia afirmou que falaria de famosos, "mas nada ofensivo". "Não quero confusão na minha vida, mas vou dar pistas, e as pessoas podem até descobrir de qual celebridade estou falando. Eu quero evitar processos. Tive muitos namoricos e 'peguei' muitos famosos: ator, jogador de futebol, deputado, empresário, nadador, sertanejo e pagodeiro", disse ela ao UOL.
Mãe de Valentina, 9 anos, ela conta que a menina não é filha de nenhum de seus três maridos oficiais, mas de "um amigo". "Ela é minha parceira, minha luz, a minha força de viver." Abaixo, os principais trechos da entrevista.
Universa — Você deu entrevistas falando pela primeira vez do lançamento da biografia em fevereiro. É a mesma?
Catia Paganote — Eu ia lançar naquela época, mas não deu tempo, a gente teve de rever, fazer uma nova leitura, consertar algumas coisas. Logo depois pintou o Dancing (Brasil, reality show apresentado por Xuxa na Record), eu tive que dar atenção ao programa. Livro não é fácil fazer, livro é difícil.
Universa — Na ocasião, você falou que um dos capítulos mais polêmicos é o que você conta seus casos com famosos. Pode adiantar algum?
Catia — Não tem nada disso, não. Como eu tenho um leque gigante de conhecimento, falo que, além de pessoas comuns, já fiquei com famosos. O meu livro não é polêmico. É a história da minha vida, com as partes importantes.
Universa — Li que você fala do casamento com o Djair. Cita a confusão com a Cristina Mortágua, que foi mulher dele depois de você?
Catia — Falo sim do casamento com o Djair, onde eu fui casada 13 anos, uma história muito bonita, porque foi meu primeiro namorado, o primeiro homem da minha vida, onde eu fui muito apaixonada, onde eu amei muito. Essa história é contada com muitas partes engraçadas, mas eu não bato palma para maluco.
Universa — Você continuou se apresentando como paquita.
Catia — Sim, no último sábado estivemos na festa Ploc (no Circo Voador, Rio), que já tem uns 14 anos. No começo, éramos quatro paquitas. Eu, a Priscila Couto (Catuxita); a Roberta Cipriani (Xiquitita) e a Ana Paula Almeida (Pituxita). Como a gente recebeu vários outros convites, continuamos na estrada fazendo esse reencontro.
Universa — Mais tarde, você passou a se apresentar apenas com a Catuxita. Como é o show?
Catia — Depende do que a pessoa tá querendo. Pode ser um show, uma presença VIP, ou algo menor, dentro de uma apresentação coletiva, como a Ploc.
Universa — Qual o tempo de show?
Catia — Então, depende. Se for só uma presença, é menor, três músicas, ou quantas a pessoa quiser. Se for o show completo, leva uma hora e meia.
Universa — E o repertório?
Catia — Músicas da Xuxa e das paquitas. Trem da Alegria, Balão Mágico, é mesclado, puxando o lado infantil. A gente faz um misuncê (mise-en-scène: em francês, desenho de palco) bem bonito, bem legal, dança a coreografia da época. É o máximo ver os olhos da pessoas brilharem quando a gente canta Lua de Cristal, o Ilariê, isso que nos move.
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No show depois do Xou: "E agora, todo mundo canta!" (Foto: Arquivo Pessoal/UOl)
Universa — Alguns especialistas afirmam que expor crianças desde pequenas na TV pode marcá-las para sempre. Acha que isso aconteceu com você?
Catia — Não. Cada criança, cada indivíduo, já nasce com um dom. É a sensibilidade do adulto que está próximo que vai perceber isso. Cabe a ele ver o que pode ser insistido. No meu caso, não há sequela porque minha mãe percebeu que eu tinha o dom, e eu segui na carreira, que foi uma coisa bem natural. Eu estava com dez anos quando comecei a fazer teste para o Xou da Xuxa, e onze quando eu entrei. Eu já trabalhava com isso, então não era novidade.
Universa — O fato de ser paquita até hoje não seria um tipo de sequela?
Catia — Não, porque é saudável. É o que eu mais gosto e tenho prazer até hoje: subir num palco e fazer um show vestida de paquita pros baixinhos que foram meu público naquela época é felicidade pura. Essa energia do povo gritando seu nome, respondendo ao seu chamado: "E agora, canta, todo mundo canta! Vamo bater palma!" Independente de quantos shows eu faça, quantos anos eu faça, cada público é um público. Quando a pessoa se emociona ao cantar uma música que eu já cantei, nossa, me dá vontade de nunca mais sair dali.
Universa — Como é a sua relação com Xuxa?
Catia — Normal, a gente não tem mais muita convivência, mais agora no Dancing, mas coisa de artista, de bastidor. Nos temos um grupo de whapp, estamos sempre trocando informações, mas não é como antigamente, que era superpresente. Até porque cada um segue a sua estrada. Não é um contato hiperamigas, hiperpresente, mas de apoio, de amizade antiga, pode comentar, falar, dar opinião sincera.
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Com o queixo apoiado no ombro de Letícia Spiller, Miuxa posa com as paquitas para a divulgação do filme "Lua de Cristal", de 1990 (Foto: Arquivo Pessoal/Facebook)
Universa — Você incentivaria sua filha a ser paquita, caso o programa ainda existisse?
Catia — Pelo que eu conheço da minha filha, ela não seria paquita. A Valentina tem uma personalidade muito forte, tem opinião formada sobre as coisas. Eu não sou de impor nada, eu sou de mostrar. Quer, eu ajudo; não quer, vamos prosseguir para alguma coisa que dê prazer.
Universa — O pai dela é algum dos seus ex-maridos?
Catia — Não, é um amigo. Ele é presente quando pode. Valentina ama o pai. Ele ajuda, com certeza, na parte financeira, que é o dever dele, mas como não mora aqui no Rio, não se vêem com tanta frequência.
Universa — Você chegou a investir na carreira de "loura do pagode".
Catia — Sim. A (empresária) Marlene (Mattos) teve a ideia de me lançar, com CD. Esse capítulo tá no livro, a produção era do Michael Sullivan. Foi uma fase divertida, de aprendizado, de crescimento, onde eu tava amadurecendo o que eu estava querendo ser na vida. Eu deixando de ser Paquita, de viver naquele mundo superfantástico. Foi um trabalho bem rápido, de um ano e meio, logo depois casei com o Djair, resolvi viver a vida dele, sendo esposa e blábláblá, cuidando da casa, viajando com ele, dando toda a atenção que ele precisava. Não me arrependo.
Universa — Também houve uma tentativa de ser vereadora, depois deputada estadual, pelo Partido Verde, o MDB e o PTB. Qual era a sua plataforma de governo?
Catia — Era direcionada à mãe que é provedora do lar, cuida do seu filho, da casa e trabalha. Fiz curso de política pela Fundação Getúlio Vargas, mas infelizmente não deu certo. Foi curta a minha carreira.
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Apesar de se candidatar a dois cargos, por três partidos, a carreira política não vingou (Foto: Arquivo Pessoal)
Universa — Em 2002, você posou nua para a capa da revista Sexy.
Catia — Posei por causa do dinheiro. Na época muitas artistas faziam, o meu foi um trabalho muito bonito. Eu escolhi as fotos, tudo que saiu foi sempre com o meu aval. Eu queria uma coisa legal que, até futuramente, se minha filha quisesse ver, meu pai, primos, não fosse vulgar, mas um nu artístico bem bacana.
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Na capa da revista Sexy, em 2002: nu artístico (Foto: Reprodução)
Universa — Posaria de novo hoje?
Catia — Hoje não tem mais essa coisa do glamour, mas, se me convidassem novamente, eu faria por causa do dinheiro.
Universa — Você está namorando?
Catia — Eu não, gente, tô solteira. Procurando meu quarto casamento, mas não tá fácil encontrar.
Universa — Se arrepende de alguma coisa?
Catia — Não. Tudo o que eu quis fazer, fiz. Eu sou muito impulsiva, e quando coloco uma ideia na cabeça, eu não fico sossegada enquanto não acontece. De coisas feitas, nenhum arrependimento, das que eu não tive vontade de fazer, não é arrependimento.
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